terça-feira, 7 de abril de 2009

Eu tenho uma reclusão natural e até lido bem com isso. Há momentos e fases em que precisamos nos proteger em nosso próprio mundo, onde não há o desconhecido, onde o novo não é bem-vindo.
Mas quando se vive uma fase instável de sentimentos aflorados e ainda capazes de desnortear ao promover a nostalgia sensível nas tardes dominicais, é muito perigoso e doloroso estar só. Embora eu reconheça que é necessário o respeito ao tempo, aos nossos próprios sentimentos, ainda que controversos, e cultivar a reflexão, o autoconhecimento, tudo isso representa um enorme sacrifício psicológico, um exercício sentimental militar, um censura – aqui não vale a metáfora analógica – reacionária a um coração histriônico, um grito perguntando: “o que é que eu tô fazendo comigo?”. O paradoxo do perturbado, da decisão racional num ser humano emotivo e que – embora virginiano metódico – não permite as emoções.



Escrito por Marco às 21h15

Um comentário:

  1. [Amanda]
    Q deprê é essa? ... na boa, acho q essa solidão tá subindo p/ cabeça... e nem quero pensar em qual das duas... reage Marco! Nós mulheres quando passamos por momentos como este, comemos chocolate, talvez c/ vc funcione um pouco... não sei... mas tenta!! Conheço uns grupos de terapia também...são basicamente de solteironas divorciadas, mas talvez possam ajudar vc. Estou firmecontigo amigo! Vc vai superar!

    06/10/2005 12:55

    [Tê] [tebarretto@yahoo.com.br]
    Concordo plenamente com a versão boiolística.

    28/09/2005 14:30

    [Marcelo] [marcelo@ig.com.br]
    Concordo com esse último comentário do João... mais uma coisinha...esse rapaz aqui em baixo (chico lucas) não é aquele que fazia música de pagode? Estou pensando no trecho da música dele em ritmo de pagode...

    25/09/2005 19:02

    [Junto] [joao@uol.com.br]
    Eu achava que você era meio gay. Depois que li sobre o virginiano metódico mudei de opinião, e agora eu tenho certeza absoluta.

    25/09/2005 18:49

    [Chico Lucas] [www.co-autores.zip.net]
    Quer dizer que o negão está recluso em seu mundinho. Como na velha Atlântida. Fechado no seu campo de força. Intocável. Um momento perfeito para se esquivar dos reggaes e farras. Além de aprofundar o autoconhecimento. É isso aí, amigo. Tem um trecho de uma música que estou fazendo que pode cair bem para o seu atual mundo: "Fala com tua consciência, escuta o insconciente... Tua força é maior que a ferida..." e por aí vai. Depois quero mostrá-la a você, junto com as outras que também não conhece. Um grande abraço.

    25/09/2005 14:54

    [Laís]
    O "estar só" neste momento é tão importante quanto "o que fazer" com esta solidão. Solidão não pode ser sinônimo de paralisia. Solídão nem sempre é igual a estar sozinho. Acho crucial saber o que fazer diante deste estado, esquecer um pouco o metodismo e buscar o novo, mesmo só. (palavras de uma canceriana que é só emoção...).

    25/09/2005 12:16

    ResponderExcluir