Escrevamos...e expurguemos os pensamentos caóticos sobre o nada, as conversas de mesa de bar, as reflexões sobre...sobre o in-futuro que nos consome – o que eu vou ser quando o mundo crescer?
Escrevamos...e vamos assim nesse dialógo monocórdio buscando no outro (nós mesmos) uma certeza que não existe. Assim como não existe a felicidade consumada em plenitude.
Escrevamos...e vamos assim estirpando cada fantasma que nos atormenta desde a infância, cada dúvida freudiana que formou nosso caráter e nossas opiniões sobre as convenções e a ordem social. Assim aprendemos que tudo é relativo, até nossa “velha opinião formada sobre tudo”.
Escrevamos...e fujamos assim de nós mesmos, do que nos atormenta, criemos trilhas em meios às estradas duras e concretas que nos ferem os pés, nos machucam a alma, a cada passo. E continuamos seguindo em frente – mesmo que para trás - durante as 24h do dia masoquista dessa estrada da vida.
Escrevamos...e nos revelemos como somos; frágeis, inseguros, ávidos por tudo- com medo de tudo, cheios de esperança pueril de coisas bobas, simples, mas ainda possíveis. Os sonhos, esses pelo menos, são inatingíveis.
Escrevamos...e busquemos no amigo de nós mesmos, no nosso alter-ego fiel, não as respostas que nós sabemos, mas sim as perguntas que não temos coragem de nos fazer.
Escrever é o exercício do paradoxo....a cada sílaba construída, desconstrói-se um ser em todas as suas referências.
terça-feira, 7 de abril de 2009
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