14/04/2006
Acreditar
Creditar a alguém a sua convicção
De que amanhã não vai chover
E o aperto profundo do coração
Será só de esperança
Que dança
Mesmo no desencanto, desilusão
Lutando por querer
Segurando a mão
Sem olhar a quem
E acreditar
Escrito por Marco às 21h12
terça-feira, 7 de abril de 2009
Caleidoscópio
Por que o cair em si da madrugada silenciosa
É tão duro quanto a pedra brilhante do olhar da foto
Por que os nós são tão apertados
E só percebemos na hora de desatá-los
Por que o raio de sol de Domingo entra cortando a carne
E expõe na mais tênue transpiração
O externar das angústias mais recônditas
Por que aquela voz que canta no rádio, canta pra mim
Pra me atingir, me ferir, me provocar, destroçar
É maior, melhor para o coração
Enxergar a vida por cima, sem minúcias
Superficial
É tão duro quanto a pedra brilhante do olhar da foto
Por que os nós são tão apertados
E só percebemos na hora de desatá-los
Por que o raio de sol de Domingo entra cortando a carne
E expõe na mais tênue transpiração
O externar das angústias mais recônditas
Por que aquela voz que canta no rádio, canta pra mim
Pra me atingir, me ferir, me provocar, destroçar
É maior, melhor para o coração
Enxergar a vida por cima, sem minúcias
Superficial
esse tal de amor

15/10/2007
Nunca imaginei que pudesse pegar no amor
Até já pensei em me esconder do amor
E por vezes me perguntava o porquê do amor
Mas em poucos anos de vida, passei a compreender melhor o tal do amor
Porque também passei a enxergá-lo mais vezes, pelas ruas, em vários lugares
E entendi que ele não espera pra acontecer, não espera o grande momento
Ao contrário do que imaginamos, e por mais sublime que ele seja, o amor não é vaidoso
É grandioso, quase nunca criterioso, se manifesta em tudo, todos, ou quase...
E sendo assim, ao cruzar com as pessoas nas esquinas, ao conviver com elas
Percebo que por entender, acredito mais no amor
Confio na sua presença, não quero mais me esconder
E não quero mais pegá-lo, tê-lo pra mim, guardá-lo (o amor é livre)
Porque agora aceito seus porquês, já que são tantos
Tantos e tão simples, que na essência, basta sentir o amor
Já que ele está (oni) presente
Nos momentos mais tristes, mais angustiantes temos amor do perdão
Nas desilusões, no sofrer, temos o amor do ouvir, do calar-se para o silêncio de dentro
Na paixão temos o amor do querer
Na dor, o amor de irmão
No compartilhar, o amor de amigo
No futuro, temos o amor de sonhar
No dia de hoje que começa e termina, temos o amor de refletir, de construir
São tantos amores que sem nem perceber
Em todos eles
Eu tenho você
Escrito por Marco às 22h16
O sol de lucas

19/11/2006
Dizem os gregos, baseados na sua mitologia - tão famosa em seus deuses e representações e hoje tão presentes na cultura pop, por serem eles, os deuses, falíveis e inseguros como os humanos - que a força do astro rei está associada a renovação. É a luz do sol diária, pungente e infindável, que traz de volta na manhã de um novo dia, a sensação do recomeço, da possibilidade, do sonho realizado. É esse reparte do tempo em dia e noite que renova as esperanças e nos coloca na situação de guerreiros da acrópole, de filósofos da academia, sempre buscando um significado um motivo para seguir este sol, este novo amanhecer.
Todos os dias ao sair para o trabalho, mesmo em dias chuvosos, tenho um sol só pra mim. O sorriso de Lucas, ainda sem dentes, mas cheio de verdade espontaneidade e pureza, é pra mim o sol com seu brilho de renovação.
É difícil mensurar o que sinto, mas é perfeitamente compreensível, que na bagunça dos nossos corações e também da nossa casa, dos nossos espaços (quase inexistentes hoje) ele se resguarde admirado, assim como apreciamos a luz, sentimos o calor, nos deixamos envolver pela poesia de um poente de verão. Lucas nasceu forte, cheio de coragem, sobreviveu incólume a dificuldades, e é hoje a maior representação da vida e da renovação para mim. É emocionante, depois de tudo que aconteceu direta ou indiretamente a todos nós, e diante das mudanças todas, dificuldades maiores e desgastes também na vida de todos, como ele é maior, como ele representa mais – vida, sorrisos, sensibilidade, compreensão e solidariedade.
Essa semana ele completará 5 meses e quando olhos seus olhos curiosos e diretos buscarem as referências deste mundo, nas cores, movimentos e luzes do dia, penso que é possível sempre transformar o mundo em que vivemos, o mundo à nossa voltas e por conseqüência as nossas relações.
O sorriso solar de lucas me dá esta lição todo dia.
A agonia da sobrevivência
14/11/2006
Vamos companheiro,
que a fronteira é perigosa e atraente.
Caminhamos meses
entre a solidao e o medo
para que hoje sejamos amigos.
Aperte forte a minha mao,
que a sua luta é a minha luta também.
O silencio da noite
contrasta com a agonia do meu peito.
A esperança me faz louco,
E na minha loucura arrisco minha vida.
Nao quero mais fome, nem guerra,
Somente a paz do dia a dia.
Amigo, a Africa já nao é segura,
E nossa água já nao está pura.
Nosso bilhete é só de ida,
lutemos juntos por nossa glória.
O que passa companheiro?
Levanta e caminha,
porque esse é o momento.
Recorda todo o nosso sofrimento.
Amigo nao falhe agora,
o seu sangue é o meu sangue,
e sem você, o caminho é duro e frio.
Amigo? Amigo?...
...que o seu mundo seja melhor que o meu...
Cassio B.
Escrito por Marco às 20h00
Vamos companheiro,
que a fronteira é perigosa e atraente.
Caminhamos meses
entre a solidao e o medo
para que hoje sejamos amigos.
Aperte forte a minha mao,
que a sua luta é a minha luta também.
O silencio da noite
contrasta com a agonia do meu peito.
A esperança me faz louco,
E na minha loucura arrisco minha vida.
Nao quero mais fome, nem guerra,
Somente a paz do dia a dia.
Amigo, a Africa já nao é segura,
E nossa água já nao está pura.
Nosso bilhete é só de ida,
lutemos juntos por nossa glória.
O que passa companheiro?
Levanta e caminha,
porque esse é o momento.
Recorda todo o nosso sofrimento.
Amigo nao falhe agora,
o seu sangue é o meu sangue,
e sem você, o caminho é duro e frio.
Amigo? Amigo?...
...que o seu mundo seja melhor que o meu...
Cassio B.
Escrito por Marco às 20h00
meu dogma (poemeu)
11/01/2007
Não esteja, seja.
Não respire, suspire e transpire.
Não contemple, descubra.
Não feche as portas, abra caminhos.
Não simpatize, conheça as pessoas.
conheça cada mundo que elas trazem consigo.
Não contrua castelos, trilhe estradas.
que te levarão a lugares, que te levarão a outros caminhos.
Em ciclos, atalhos, vias intermináveis.
Do tamanho de nossos mundos.
Não o mundo que achamos, vemos ou imaginamos.
Mas um mundo que está guardado, adormecido em nossos corações e mentes.
Que só surge quando permitimos, no descobrir, no olhar do outro.
A sua verdade e os nossos sonhos.
Escrito por Marco às 12h33
Não esteja, seja.
Não respire, suspire e transpire.
Não contemple, descubra.
Não feche as portas, abra caminhos.
Não simpatize, conheça as pessoas.
conheça cada mundo que elas trazem consigo.
Não contrua castelos, trilhe estradas.
que te levarão a lugares, que te levarão a outros caminhos.
Em ciclos, atalhos, vias intermináveis.
Do tamanho de nossos mundos.
Não o mundo que achamos, vemos ou imaginamos.
Mas um mundo que está guardado, adormecido em nossos corações e mentes.
Que só surge quando permitimos, no descobrir, no olhar do outro.
A sua verdade e os nossos sonhos.
Escrito por Marco às 12h33
A não-zaga...
29/05/2006
Tudo menos o óbvio. É o que peço. Sei que seremos bombardeados – agora através de TVs de plasma. Aqui pra nós o brasileiro é facilmente movido a qualquer febre consumista – com as conclusões arrogantes de Galvão Bueno e seus clichês repetitivos, verdades absolutas, simbolismos do monopólio poderoso da Vênus Platinada mais evidente ainda em ano de copa. Saber que isso vai acontecer já me enoja. Essa impossibilidade de opções é péssima em todos os sentidos. Ouvir comentários improcedentes sobre o posicionamento de Ronaldo Gaúcho, considerando a influência aerodinâmica do vento sobre o seu cabelo; análises sobre o modo gazela de correr do melhor juiz europeu, que compromete a marcação dos carrinhos por trás; o Jardim Irene torcendo enfeitado por Cafu; a brasileira mulata-gostosa-estereótipo de europeu (na Alemanha, imaginem) rebolando efusivamente com o cartaz nas mãos: Galvão, filma eu!
Bom isso é o futebol no Brasil. Nós já conhecemos esta história. Acontece de 4 em 4 anos, em uns com mais entusiasmo – como é o caso agora – e em outros engolindo Dungas e Zagalos – Ah!... todo mundo mané tem 13 letras – mas, após breve contextualização, queria propor uma reflexão:
Vamos montar uma defesa forte e compacta pra não sermos surpreendidos pelo que a mídia pretende nesse ano de copa. Vamos fantasiar para brincar com nossas possibilidades absurdas, porque o futebol é assim....bola na trave, pênalti aos 45, coração acelerado e respiração presa, prontos para uma explosão descomunal. É o único momento em que o homem – ser masculino – consegue expressar suas emoções verdadeiramente. Isso tem que ser valorizado, meu Deus, inclusive para estudos mais aprofundados.
Bom, não acredito no hexa, até acho que o Brasil está a um nível acima das demais seleções, mas pelo simples fato de preferir a fantasia, em vez de imaginar a disputa desigual com a seleção canarinho – ê clichê fio da puta - dando um show e encantando o mundo, alimento o inusitado da arte, de um esporte que de precisão técnica tem muita paixão e surpresas. Isso é o mais maravilhoso. Por isso acho de verdade que o Brasil de 2006 será como o de 82. Lindo e mágico, mas que perde a outra semifinal pra Itália. Imaginem que Juan vai se machucar e Luizão simplesmente contrai uma infecção intestinal com um salsichão. Nossa zaga será, portanto: Lúcio e Cris...isso mesmo. Tá lançado o desafio e quero ver quem vai pensar em quarteto com uma zaga dessas. Já confabulei com meu amigo Rafa – agora colunista do Globo On Line na Copa, vejam a indicação do blog dele ao lado – e aventamos a possibilidade de recuo de Edmilson ou escalação de Rogério Ceni, que na pior das hipóteses sabe sair jogando, pode lançar a longa distância e num momento emergencial de contra-ataque fazer uma ponte espetacular salvando a seleção de uma desesperadora disputa de pênaltis. Eleja, portanto, a solução para a não-zaga.
A propósito, to torcendo pra Angola com camisa e tudo, e acredito de verdade que a Costa do Marfim surpreende a Argentina e chega à semifinal com a Alemanha, mas perde.
Escrito por Marco às 01h21
Tudo menos o óbvio. É o que peço. Sei que seremos bombardeados – agora através de TVs de plasma. Aqui pra nós o brasileiro é facilmente movido a qualquer febre consumista – com as conclusões arrogantes de Galvão Bueno e seus clichês repetitivos, verdades absolutas, simbolismos do monopólio poderoso da Vênus Platinada mais evidente ainda em ano de copa. Saber que isso vai acontecer já me enoja. Essa impossibilidade de opções é péssima em todos os sentidos. Ouvir comentários improcedentes sobre o posicionamento de Ronaldo Gaúcho, considerando a influência aerodinâmica do vento sobre o seu cabelo; análises sobre o modo gazela de correr do melhor juiz europeu, que compromete a marcação dos carrinhos por trás; o Jardim Irene torcendo enfeitado por Cafu; a brasileira mulata-gostosa-estereótipo de europeu (na Alemanha, imaginem) rebolando efusivamente com o cartaz nas mãos: Galvão, filma eu!
Bom isso é o futebol no Brasil. Nós já conhecemos esta história. Acontece de 4 em 4 anos, em uns com mais entusiasmo – como é o caso agora – e em outros engolindo Dungas e Zagalos – Ah!... todo mundo mané tem 13 letras – mas, após breve contextualização, queria propor uma reflexão:
Vamos montar uma defesa forte e compacta pra não sermos surpreendidos pelo que a mídia pretende nesse ano de copa. Vamos fantasiar para brincar com nossas possibilidades absurdas, porque o futebol é assim....bola na trave, pênalti aos 45, coração acelerado e respiração presa, prontos para uma explosão descomunal. É o único momento em que o homem – ser masculino – consegue expressar suas emoções verdadeiramente. Isso tem que ser valorizado, meu Deus, inclusive para estudos mais aprofundados.
Bom, não acredito no hexa, até acho que o Brasil está a um nível acima das demais seleções, mas pelo simples fato de preferir a fantasia, em vez de imaginar a disputa desigual com a seleção canarinho – ê clichê fio da puta - dando um show e encantando o mundo, alimento o inusitado da arte, de um esporte que de precisão técnica tem muita paixão e surpresas. Isso é o mais maravilhoso. Por isso acho de verdade que o Brasil de 2006 será como o de 82. Lindo e mágico, mas que perde a outra semifinal pra Itália. Imaginem que Juan vai se machucar e Luizão simplesmente contrai uma infecção intestinal com um salsichão. Nossa zaga será, portanto: Lúcio e Cris...isso mesmo. Tá lançado o desafio e quero ver quem vai pensar em quarteto com uma zaga dessas. Já confabulei com meu amigo Rafa – agora colunista do Globo On Line na Copa, vejam a indicação do blog dele ao lado – e aventamos a possibilidade de recuo de Edmilson ou escalação de Rogério Ceni, que na pior das hipóteses sabe sair jogando, pode lançar a longa distância e num momento emergencial de contra-ataque fazer uma ponte espetacular salvando a seleção de uma desesperadora disputa de pênaltis. Eleja, portanto, a solução para a não-zaga.
A propósito, to torcendo pra Angola com camisa e tudo, e acredito de verdade que a Costa do Marfim surpreende a Argentina e chega à semifinal com a Alemanha, mas perde.
Escrito por Marco às 01h21
Assinar:
Postagens (Atom)